O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, confirmou neste domingo (14) após a ocupação das favelas do Jacarezinho e Manguinhos que as comunidades terão, no futuro, a implantação de UPPs. Segundo ele, a estratégia não é sair das comunidades, mas sim manter a presença policial.
“Essa é uma ação de pacificação, não é efêmera. Teremos UPPS em Manguinhos, Mandela, Varginha, e Jacarezinho em seguida. Como fizemos em outras comunidades. Nós ocupamos a Cidade de Deus e depois fomos inaugurando as UPPs”, afirmou o governador. “Como são comunidades muito próximas, mas diferentes, a gente ocupa todas elas e vai fazer uma estratégia de inauguração de UPPs, um processo muito criterioso da Secretaria de Segurança Pública, de avaliação da estabilidade da comunidade.”
Segundo o governador, a implantação das UPPs nessas comunidades será planejada após troca de informações entre os setores de inteligência das polícias Civil, Federal, Militar e Rodoviária, além das Forças Armadas.
Cabral afirmou que esteve com o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, que ressaltou que a estratégia é não sair das comunidades. “É uma ação que tem um processo definitivo de presença das forças de segurança. Hoje não é o inicio, é o fim da primeira etapa, de um processo que se iniciou com ações nas outras comunidades”, afirmou.
“É mais um passo para a paz, na redução de homicídios, roubo a veículos, a residências, o efeito prático disso é uma vida mais tranquila para os cidadãos. Haverá uma resposta imediata na valorização imobiliária, valorização da vida.”
Segundo o governador, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, afirmou em telefonema que fará um grande mutirão para recuperar as regiões ocupadas nesta manhã pelas forças de segurança.
Economia
A recuperação da economia local também foi apresentada como uma consequência da ocupação das favelas de Manguinhos e Jacarezinho. O governador relembrou que há 20 anos havia diversas indústrias, principalmente do setor têxtil, instaladas na região. No entanto, elas saíram do local. “Ninguém aguenta ficar ali. Não tenho duvida que aquela região vai reflorescer, renascer, é uma região fantástica, é uma região muito nobre”, disse Cabral. “Aquela região tinha uma pujança econômica muito grande.”
Questionado se a região era atualmente a mais perigosa do Rio de Janeiro, o governador afirmou que a resposta poderia ser dada apenas pela área de segurança pública, mas ressaltou o trabalho das UPPs no combate ao poder paralelo na cidade. "O processo de UPP cada vez mais afunila as opções dos marginais. Houve uma derrota de políticos ligados a milicianos nas ultimas eleições. Estamos conseguindo afastar o poder paralelo no Rio."
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